Numa solenidade bastante concorrida realizada segunda-feira no Palácio
Iguaçu, Luiz Carlos Hauly deixou a Secretaria da Fazenda do Paraná para
reassumir o mandato de Deputado Federal. Desde o início do ano ele havia sido
convocado pelo senador Aécio Neves e outros líderes do PSDB, os quais contam
com a experiência e o conhecimento de Hauly em assuntos econômicos e
tributários para fortalecer a atuação dos Tucanos no Congresso. Em seu lugar
assumiu a ex-Procuradoura-Geral do Estado, Jozélia Nogueira.
O governador Beto Richa destacou a importância da Secretaria da Fazenda
e ressaltou o trabalho de Luiz Carlos Hauly. “Hauly fez um trabalho com
dedicação absoluta na reestruturação da secretaria, na recuperação das finanças
estaduais, com a aplicação de medidas de austeridade, e na coordenação de
importantes programas como o Paraná Competitivo”, afirmou Richa. E acrescentou:
“Ele terá agora um papel importantíssimo no Congresso Nacional na defesa dos
interesses do Governo do Paraná, em Brasília”, destacou o governador. Por
diversas vezes em seu discurso, Hauly agradeceu ao Governador Beto Richa.
Hauly lembra que, nesses 33 meses de
gestão, foi alcançado o maior percentual de crescimento das receitas próprias
em comparação com as maiores economias brasileiras. "Ilustra muito bem a
situação a questão do PIB: entre janeiro e julho deste ano, enquanto a economia
nacional
cresceu 2,6%, a do Paraná aumentou 4%. Infelizmente,
diante de inúmeras ações de incentivo à economia nacional perpetradas pelo
governo federal, com desonerações e benesses fiscais a partir de receitas
compartilháveis, como o IPI, vimos nossa
receitas oriundas das transferência
federais (FPE, SUS, CIDE, Lei Kandir e outras) enfraquecer nossa receita
global, ocasionando perdas estimadas de R$ 800 milhões no
período",
explicou.
Investimento recorde
O
ex-Secretário destaque, "do lado da despesa, o governo se viu diante
de novos encargos, que elevaram os seus gastos ao longo desses 33 meses:
- Aumentos
salariais acima
da inflação concedidos a várias categorias, recuperando perdas acumuladas em outros
governos; - Exclusão da base de cálculo para o cumprimento do percentual
da Saúde, além do SAS e do Leite das Crianças, totalizando R$ 300 milhões/ano,
sem contar a
maior participação dos Poderes na Receita;
- Pagamentos de dívidas e encargos oriundos de outras
gestões na ordem de R$ 5,62 bilhões (Serviço da Dívida, Precatórios e Restos a
Pagar), sem a contrapartida de empréstimos novos, com nossas solicitações
barradas na STN; enfim, a inadequada interferência do governo federal
no controle de preços administrados do petróleo e da energia elétrica reduziu
nossa arrecadação do ICMS nos segmentos que representam 34% da receita desse imposto.
Na Educação, Saúde e
Segurança o Governo investiu em 33 meses R$ 30,2 bilhões,
valor que corresponde às despesas com pessoal, despesas
correntes e investimentos.
- Os 399
municípios paranaenses
foram beneficiados com a transferência de R$ 15,5 bilhões no período".
Paraná Competitivo
Durante seu
discurso, Hauly destacou as conquistas do Programa Paraná Competitivo que totaliza R$ 25 bilhões
de investimentos, com a geração de mais de 171 mil empregos. "Para atrair
algumas grandes empresas multinacionais, travamos uma batalha direta e árdua
com outros estados. Mas além dos incentivos oferecidos, um ambiente de negócio positivo
pesou em favor do Paraná na decisão destas indústrias: o diálogo transparente,
a credibilidade de um Governo que honra seus compromissos e a segurança jurídica".
Além do Paraná Competitivo, o Paraná hoje é
reconhecido como o melhor Estado do Brasil para as micro e pequenas
empresas.
"Aqui foram criadas as melhores leis do País para se incentivar os
pequenos negócios e o empreendedorismo. Não é à-toa que temos 250 mil micro e
pequenas empresas, que respondem por 60% do estoque de emprego do Estado. Além disso, contemplamos com benefícios fiscais mais de 30 cadeias produtivas, o que lhes
asseguram competitividade no mercado".
Compromissos em Brasília
Sobre sua volta à Brasília, Hauly disse que terá como prioridade
continuar sendo, no Congresso Nacional,
o porta voz das principais bandeiras dos paranaenses. "Vamos lutar pelo Pacto
Federativo que contemple uma ampla e profunda reforma do setor Público
Brasileiro que inclui reforma tributária e do ICMS e que beneficie o Paraná e
pelo fim da Guerra Fiscal;
vamos lutar pela justa partilha dos recursos
orçamentários que tem sido negado ao Paraná; vamos lutar pelo reconhecimento dos verdadeiros
limites do nosso Mar Territorial para que o Paraná possa receber o que lhe é
devido na partilha do Pré-Sal".
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