Violência no distrito de São Martinho

O distrito de São Martinho está sofrendo já há alguns anos com a falta de segurança e a população cada vez mais se vê obrigada a se defender sozinha 

No último final de semana um assaltante que tentou entrar em uma residência do distrito, foi alvejado por tiros e se encontra em estado grave na UTI do Hospital São Rafael. Segundo o boletim de ocorrência a vitima dois indivíduos entraram em sua residência e deram voz de assalto. A vitima foi atingida com um tiro no pé e seu filho reagiu para defender o pai, os assaltantes fugiram, porém um foi alvejado pelo filho da vitima com tiros e encontrado em um terreno baldio pelos policiais que atenderam a ocorrência. O assaltante foi encaminhado para o hospital São Rafael em Rolândia e está em estado grave na UTI. Felipe Ferreira Antônio é morador de Jaguapita e já havia sido preso anteriormente.

Para se ter uma ideia apenas este mês a escola municipal Luiz Real foi arrombada 3 vezes, também este ano o Empório da Vila Rural da Paz foi arrombado 4 vezes e o centro educacional Pedro Serpeloni teve que colocar grades reforçadas em todas as portas e janelas. Em depoimento populares contam que moradores são roubados a luz do dia e no distrito cidadãos são atacados, derrubados no chão e obrigados a entregar seus pertences aos delinquentes que não se preocupam com a ação da polícia, pois várias vezes já foram presos e em poucos dias voltaram às ruas.

Segundo moradores a grande dificuldade está no fato de que o distrito é longe da cidade de Rolândia onde se encontra o 15º Batalhão de Polícia Militar que quando acionado demora o justo tempo para atender devido à distância. No distrito existe um modulo policial que fica sem ninguém já que falta contingente policial para atender Rolândia e região. O Capitão Moraes explica que no distrito de São Martinho atualmente existe um policial que faz o patrulhamento durante o dia e no período da noite viaturas de Rolândia patrulham a região. Moraes conta que a PR 170 passar dentro do distrito o que torna uma rota de fuga rápida para os marginais que cometem roubos naquela região.

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Módulo policial em São Martinho

Os moradores do distrito pedem a reativação do módulo policial durante a noite o que certamente diminuiria a ação dos marginais trazendo mais segurança para aquela população

O Capitão Moraes afirma que está sendo estudada a possibilidade de reativação deste modulo, porém isto não poderá ser feito imediatamente. O capitão conta que está em curso uma escola de soldados que formara 40 policiais militares a partir de março do ano que vem e serão redistribuídos na área do 15º BPM que cobre 12 municípios. Segundo o Capitão Moraes está previsto um concurso para contratar 5 mil policiais que atuarão em todo o Paraná o que certamente ajudará na compensação da demanda que hoje existe em relação à falta de efetivo policial. Moraes informa que hoje seriam necessários aproximadamente mais 80 policiais para atender a região do 15º Batalhão de Policia Militar. Quanto a estrutura de trabalho o Capitão Moraes explica que o governo do estado está fazendo novas licitações para compra de mais viaturas e em relação ao armamento os policiais estão bem equipados com pistolas, carabina e escopetas, “Em relação a equipamentos e viaturas a PM encontra-se bem equipadas, o nosso problema é efetivo policial que agora está sendo recompletado com estes novos concursos”, garante.

Poder executivo e legislativo

Roberto Porto é morador de São de Martinho e vereador do município de Rolândia. Ele conta que a segurança do distrito e do município é uma responsabilidade do Estado e a função do prefeito e vereadores é procurar o governador para solicitar por maiores investimentos em segurança. Segundo ele estas solicitações já foram feitas diversas vezes ao comando da polícia em Curitiba e a promessa é que até janeiro de 2013 atenderá aos pedidos feitos pelos vereadores e prefeito inclusive com a ocupação do posto policial do distrito.

Roberto conta que ele já foi vitima da violência em São Martinho varias vezes e a população irá continuar se defendendo até que as autoridades tomem as devidas providências. “Há uns 10 15 anos atrás nós podíamos dormir com a janela aberta, mas hoje segurança não tem, por isso estamos em um beco sem saída” lamenta.