A Soldado Alexandra relata que a região da BR 369 com a rua Maringá é uma área conhecida como ponto de tráfico de drogas.
Na noite de terça (03) um policial que estava de folga flagrou uma menina morena comercializando droga para um homem e acionou a Polícia Militar.
Ao serem abordados, com o usuário foi encontrado cinco porções de crack e com a menina 13 pedras e mais 30 reais em dinheiro trocado. Configurado o tráfico a menina e o dependente foram encaminhados até o 15º BPM (Batalhão de Polícia Militar) para as providências cabíveis.
Segundo a policial a menina já foi apreendida outras vezes na mesma situação, mas por ser menor acaba sendo liberada e volta a traficar.
As histórias; de um lado o vício e o choro, do outro o descaso
O rapaz identificado como S. J. J. de 32 anos relata que está há 15 anos nessa vida e sofre por ter começado a usar drogas. Ele lamenta por não encontrar ajuda nas instituições que poderiam tirá-lo do vício. “Para tirar um homem do crack somente Deus. Para mim sair dessa só nascendo de novo”, afirma
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Vindo de Ourinhos SP, há dois anos em Rolândia é catador de papel e morador de uma casa abandonada no centro da cidade. Ele revela que já foi gerente de loja e perdeu tudo que tinha para o vício.
Pai de dois filhos, um deles com 13 anos, idade parecida da menina traficante, questionado sobre qual o sentimento dele em relação a essa situação o rapaz se emociona e afirma que não quer essa vida para os filhos.
O jovem pede para não ser identificado, ele garante que não queria essa vida. “Não é porque eu quero, é porque o meu organismo pede. Você acha que eu queria estar aqui algemado passando essa vergonha? Eu queria era ter a vida que você tem, chegar em casa, tomar um banho e viver com dignidade, mas fazer o que, eu entrei nessa e as consequência é f*%@ (SIC.)”, chora.
Por outro lado, ainda no início da vida com 16 anos a menina traficante debocha dos policiais e afirma que nada acontecerá com ela. A adolescente mora com as irmãs e a mãe, sem conhecer o pai e parece não ter noção do rumo que sua vida pode tomar.
Ela revela que começou há pouco tempo no tráfico e ainda não ganhou muito dinheiro. Disse que fez uma compra de 600 reais em crack, mas teve a droga roubada e por isso tem que continuar vendendo para pagar a dívida com o seu fornecedor.
A policial Alessandra destaca que a participação da comunidade é extremamente importante, pois assim a polícia pode somar esforços com a população e conseguir conter esse tipo de criminalidade. Denúncias podem ser feitas através dos fones 190 e 181, ou pelo e-mail contatorolandia@gmail.com. O anonimato será mantido.
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