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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

COROL realiza assembleia após auditoria

Em assembleia geral com a participação de grande parte dos cooperados a situação patrimonial, economia e financeira da COROL foi apresentada, discutida e aprovada pelos associados

Na semana passada, sexta feira 13 foi definida a contratação de auditoria investigatória para averiguar possíveis irregularidades cometidas pela diretoria anterior. Também foi autorizada a liquidação patrimonial dos bens da cooperativa na tentativa de renegociar a divida de 844 milhões de reais, e apresentado o balanço patrimonial da cooperativa avaliada em 412 milhões.

Em junho deste ano foram contratadas auditorias para levantar a real situação da COROL. A empesa Price Waterhouse Cooper analisou o balanço patrimonial até dezembro de 2012. A Martinelli Advocacia Empresarial fez os levantamentos jurídicos das questões societárias, trabalhistas, previdenciárias, tributárias, cíveis e também das certidões. A Engeval Engenharia de Avaliações Ltda. ficou encarregada de avaliar e determinar o valor de mercado do patrimônio da cooperativa. Depois de todo este trabalho constatou-se que o patrimônio da COROL hoje, a preço de mercado é de 412 milhões, porém o preço de venda forçado em um leilão ou ação judicial não passa de 287 milhões.

Júlio Roberto Zechetto é superintendente administrativo financeiro informa que com a auditoria foi possível identificar um ajuste no balanço de 2011 na ordem de 614,7 milhões de diferença do que foi apresentado naquele ano pela antiga diretoria. “A Auditoria veio para fazer esse tipo de trabalho levantando inclusive a participação da cooperativa junto a outras empresas”, aponta.

Zechetto relata que os bens da instituição serão usados para tentar renegociar com os credores que são bancos estaduais, federais internacionais estrangeiros. Ele tranquiliza os cooperados e garante que caso as dívidas não terminem quitadas o agricultor não responderá pelo débito total não pago pela cooperativa, mas apenas perderá o valor que tem investido como capital social. “De acordo com o estatuto ele responde apenas pelo capital social que tem na cooperativa”, garante.

Para Euclênio Vendrametto Junior, vice-presidente da COROL o ponto principal da assembleia foi a aprovação de uma possível liquidação de seu patrimônio, pois segundo ele está impossível trabalhar apagando “INCÊNDIOS” diariamente como leilões, ações trabalhistas e processos. Vendrametto explica que em uma liquidação a cooperativa irá pagar menos de 25% da divida o que de fato não é interessante para os credores já que a justiça dá prioridade às ações trabalhistas e dívidas com o Estado. “Por isso acredito que essa possiblidade de liquidação aprovada em assembleia pode acalmar os bancos que devem parar de jogar a gente na fogueira (SIC.)”, desabafa.

João Antônio Menolli, diretor presidente afirma que esta assembleia foi um marco no cooperativismo norte paranaense devido à forma democrática e transparente na qual foi apresentado todos os números da cooperativa e devido à abertura para a total participação dos cooperados.

Daniel Alfredo Rosenthal, diretor secretário da cooperativa afirma que hoje o agricultor sabe a real situação da COROL e que antigamente era enganado. “Os números estão aí, nada agradáveis, mas reais e nós da diretoria sabemos que com o apoio dos cooperados tentaremos chegar a um final feliz”, garante.

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Irregularidades serão apuradas

Na assembleia da COROL realizada dia 13 deste mês foi aprovada a contratação de uma nova auditoria, mas agora no sentido de investigar possíveis irregularidades ou fraldes nas contas da cooperativa realizadas pela diretoria anterior. O advogado Anacleto Giraldeli Filho, assessor jurídico explica que não existe nenhuma constatação de culpa ou dolo na condução destes números, porém adianta que existem indícios de irregularidades e a assembleia aprovou para que eles sejam apurados em uma auditoria investigativa. Elizeu de Paula, presidente anterior da COROL não foi localizado para falar sobre os indícios de irregularidades.

Os próximos passos


Como primeira ação a nova diretoria irá até o Governador do Estado, Beto Richa (PSDB) para pedir sua intervenção junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) no sentido de interromper a cobrança das Notas de Crédito Rural (NCR). A pedido da antiga diretoria, cerca de 600 produtores assinaram 903 NCRs no valor de R$ 15 milhões e como a COROL não realizou o pagamento dos valores os cooperados acabaram protestados tendo seus nomes incluídos no Serasa. O segundo passo é partir para a renegociação global das dívidas com os credores e em terceiro momento impedir que o patrimônio vá a leilão por valores inferiores ao de mercado conforme levantados nas auditorias.

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