Praticamente um caso por dia desde o começo desse ano
O último caso de suspeita foi identificado na Rua Carlos Luz, região central da cidade próxima à rodoviária, onde foi realizado o “bloqueio” nesta terça feira dia 28 com a aplicação de inseticida em todo o perímetro.
O gerente de saúde ambiental, Rafael Dias explica que os exames para confirmar os casos de dengue levam até 20 dias para ficarem prontos e por isso a cada caso de suspeita imediatamente é acionada a equipe para realizar o bloqueio mecânico e químico, com a inspeção para a busca por larvas e aplicação de veneno com bomba costal (fumacê) em um perímetro de 300 a 500 metros do local onde existe a suspeita.
Pouco índice para
muito mosquito
Denúncia contesta o baixo
índice de mosquitos do Aedes Aegypti apresentado pela secretaria de saúde
A reportagem do jornal MANCHETE DO POVO recebeu uma carta de
uma pessoa que pediu para não ser identificada afirmando que o índice do LIRAa
(Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti) apresentado pela secretaria de
Saúde não condiz com a realidade. O número oficial é de 0,7 mosquitos por imóvel,
porém na carta é relatado que o LIRAa não seguiu os padrões técnicos para realizar
a pesquisa que identifica por amostragem quanto tem de mosquito no meio
ambiente.
Segundo o denunciante o período para combater o mosquito era
antes da chegada do calor e da chuva, porém a equipe da dengue estava passando
por problemas com cargos comissionados sem receber pelo São Rafael, pessoas sem
compromisso, falta de incentivo aos agentes entre outros problemas que culminou
na infestação que a cidade enfrenta agora.
Ele relata que com o índice LIRAa baixo, não é possível
solicitar fumacê do estado e nem contratar mais agentes de forma emergencial o
que pode colocar a população em risco.
O denunciante garante que uma das irregularidades é o fato
de a coleta de dados ter sido realizada quando estava chovendo e que o correto
seria recomeçar do ponto que parou quando isso acontece. Outro erro apontado se
refere ao número de agentes e a inexperiência de alguns deles que, segundo o denunciante
seriam novos na função e deveriam ter sido acompanhados de agentes mais experientes.
Para ele o grande número de mosquitos encontrados na cidade comprova a má
execução do levantamento (LIRAa) que ocorreu no inicio de janeiro deste ano.
Rafael Dias, gerente de saúde ambiental desde 2005 e responsável
pelo LIRAa desde 2007 afirma que todas as normas foram seguidas e garante que o
índice está correto. Ele relata que o levantamento foi feito entre os dias 7 e
10 de janeiro e que não choveu nestes dias a ponto de ser preciso reiniciar o levantamento.
Quanto ao número de agentes ele reconhece a carência, porém ressalta que a
inexperiência de alguns não compromete o levantamento que é simples de ser
feito e não requer muito treinamento.
Dias explica que durante o ano são realizados ciclos de visitas
aos imóveis residenciais e comerciais para controle da dengue e cada ciclo
deveria durar no máximo 60 dias. “Com o déficit de pessoal nós levamos até 90
dias para completar cada etapa de inspeção o que acaba diminuindo o número de
ciclos durante o ano”, lamenta. Ele revela que existem no quadro de
funcionários 22 agentes entre concursados e contratados, porém o essencial
seria trabalhar com pelo menos 30 agentes já que Rolândia possui hoje cerca de 30
mil residências e a média é que cada agente inspecione 1000 imóveis por ciclo
de visita.
O gerente de saúde acredita que com o próximo concurso
público obterá uma lista de espera de aproximadamente 100 pessoas aptas a
trabalhar como agente de endemia o que para ele sanaria o problema de mão de
obra.
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