Nos entulhos é possível encontrar documentos como o livro ATA, a relação de membros e a ficha médica destes associados. “Os trabalhadores rurais não podem ser prejudicados, vai dar muita dor de cabeça para aposentar alguns deles”, ressalta.
O presidente relata que no prédio também haviam máquinas antigas de escrever, televisor, escrivaninhas, um grande balcão além de utensílios rurais e de cozinha. “Eu fiquei magoado com isso viu, nós pagamos nossos impostos certinhos, mas a prefeitura faz um descaso destes com o sindicato”, lamenta.
A advogada do sindicato, Karina Zanin Silva relata que foi alertada pela secretária da entidade sobre a demolição que já estava em andamento e foi até o local. Ela afirma que no dia um servidor público parou o carro da prefeitura e alertou que lá haviam coisas do museu municipal.
Karina relata que na sede eram feitos atendimentos odontológicos aos trabalhadores rurais com equipamentos da prefeitura. Ela ressalta que segundo o rapaz que fazia o trabalho, no local foi soterrado até uma cadeira de dentista junto com os materiais odontológicos.
A advogada informa que está sendo feito um levantamento de tudo que foi perdido e um oficio será enviado a prefeitura pedindo explicações sobre o acontecido.A secretaria de Cultura, Margarida Regina Hellbrugge relata que a ACIR (Associação Comercial e Industrial de Rolândia) doou para a secretaria os tecidos usados para a decoração das ruas no comércio da cidade usados no período da Copa do Mundo. Depois de retirados estes tecidos foram guardados no prédio do Sindicato Rural dos Trabalhadores e tudo se perdeu com a demolição.
Prefeitura e
Companhia dão explicações
O gerente destaca que a Companhia não tinha informações de que ali funcionava o sindicato e inclusive não tinha nenhum tipo de autorização para tal funcionamento.
Segundo Mauricio o rapaz que fez o serviço de demolição chamou o pessoal do Sindicato para retirar as coisas de dentro do prédio e eles mesmos autorizaram a continuação do trabalho.
A advogada do sindicato, Karina Zanin Silva explica que existe sim um contrato de comodato entre o sindicato e a companhia e lembra que o sindicato só foi chamado depois que a demolição já havia sido realizada.
A prefeitura em nota esclarece que: “A Administração nega qualquer envolvimento com o episódio, que envolveu entidades autônomas em relação ao Poder Público. Por outro lado, a Administração acredita que a demolição do prédio resultou em um bem para a cidade, posto que o prédio havia se transformado em mocó, o que estava gerando descontentamento especialmente dos moradores vizinhos ao mesmo.”
O terreno onde funcionava o posto de saúde central foi doado aos Vicentinos na década de 60. Este era uma área especial de uso do município e para vendê-los os Vicentinos tiveram que pedir uma autorização da câmara de vereadores que desobrigou o lote de ser uma área de uso especial do município. Assim os Vicentinos puderam vender sua parte para uma construtora que fará uma série de apartamentos residenciais.
A parte do terreno onde funcionava o sindicato pertence à Companhia de Melhoramentos do Norte do Paraná e a prefeitura vem tentando negociar com a empresa a compra ou permuta do imóvel para a construção do Novo Posto Central.
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