As cotas do terceiro
quadrimestre da saúde são analisadas e membros deverão votar pela aprovação ou
reprovação no próximo dia 14 de março
Em reunião do Conselho Municipal de Saúde realizada na
última quarta (26), a Secretaria de Saúde apresentou as contas do último
quadrimestre de 2013, referentes aos meses de setembro a dezembro.
Aos presentes foi demonstrado um resumo dos serviços
prestados e das despesas da secretaria.
O presidente do conselho, Jessé Fernandes afirmou que o que
foi apresentado não é uma prestação de contas, mas sim um demonstrativo de
gastos. Ele alerta que isso já foi dito nas reuniões passadas, e lamentou que
isto tivesse tornado a acontecer nesta última reunião. “Nós queremos uma
prestação de contas mais transparente possível e mais detalhada”, explica.
O conselheiro, Gerson Benedito de Mederios ressaltou que o
conselho exige a apresentação do saldo do Fundo Municipal de Saúde para se
fazer um levantamento de quanto tinha de saldo nos quadrimestres anteriores,
quando foi gasto e quanto restou para o quadrimestre seguinte. A omissão destes
dados foi um dos motivos que levou o conselho a reprovar as contas do primeiro
e segundo quadrimestre.
A Secretária de saúde, Giseli Freitas ressaltou que a
secretaria de saúde não tem departamento financeiro e quem responde por estes dados
é a secretaria de finanças.
Jessé Fernandes alerta que a reprovação do terceiro
quadrimestre pode implicar em intervenção do tribunal de contas. Segundo ele
não há perigo de corte imediato nas verbas Estaduais e Federais, porém estes
órgãos, em caso de reprovação das contas, deverão ser avisados a alterações
substanciais nos recursos podem ocorrer.
Giseli Freitas se diz tranquila e não vê problemas na
prestação de contas, para ela não há motivos para a reprovação das contas. Freitas
relata que se os conselheiros desejam um novo formato de apresentação das
contas ela está disposta a adequar de acordo com a vontade deles. “Não
escondemos nada de ninguém e estamos à disposição para sanar qualquer dúvida
que o conselho tiver”, garante.
Documentos referentes à Vigilância Sanitária, a CE da Saúde
(Comissão Especial da Saúde) e a realização de concurso público foram entregues
pela secretária na noite de quarta e por isso os membros pediram mais 10 dias
para analisar toda a documentação antes de votar. Uma nova reunião será
realizada dia 14 de março quando os conselheiros decidirão por aprovar ou não
as contas.
Oura decisão aguardada pelo conselho é quanto a um suposto decreto
que o Prefeito Johnny Lehmann estaria emitindo ainda esta semana exonerando
cerca de 15 pessoas envolvidas no caso das horas extras irregulares pagas a
funcionários da saúde. Caso este investigado na CE da Saúde realizada no ano
passado.
Custos com manutenção
fora do comum
Serviços com
manutenção de veículos da saúde chegam a custar mais de 100% que o cobrado nas
oficinas da cidade
Valores como R$600.000,00 gastos em manutenção de 45
veículos no período de um ano foram constatados no relatório da Comissão
Especial da Saúde, realizada ano passado quando investigou irregularidades nos
serviços da Saúde.
Na prestação de contas da saúde do último quadrimestre de
2013 os membros do Conselho Municipal de Saúde constataram gastos com
manutenção na ordem de R$130.011,75 em apenas quatro meses. A secretária de
Saúde, Giseli Freitas justifica que não há o que fazer, pois não pode deixar a
população desassistida e quando os veículos quebram é preciso mandar para o
concerto.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Jessé Fernandes
relata que sabe destes gastos desde 2012 quando pegou algumas notas fiscais e foi
em outras oficinas para fazer um comparativo de preços. Ele constatou que a
prefeitura paga mais que o dobro do que seria cobrado normalmente em outras
oficinas para arrumar os veículos.
Para Fernandes o que está errado é o pregão para tomada de
preços. “Quem ganha à licitação está documentado e habilitado, agora quem
planeja a forma de licitação é que está errado, não tem conhecimento do que
está fazendo”, explica.
Ele destaca que o conselho já fez várias cobranças, mas até agora nada foi feito pela prefeitura. Fernandes garante que este ano terá um novo pregão e o conselho ficará alerta para que o erro não volte a acontecer. “Nós vamos cobrar que a forma de pregão seja mudada”, relata.
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