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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Promotor de Justiça esclarece sobre CPI da Fertifoliar



O prefeito Johnny Lehmann responde processo por suspeita de Improbidade Administrativa desde 2011 e o Ministério Público encaminhou resposta à câmara de vereadores prestando informações sobre o andamento do caso

Em resposta ao requerimento feito pelo vereador José de Paula Martins o Promotor de Justiça Mauricio Kalache explicou que assim que ele e o promotor José Aparecido da Cruz foram designados para atuarem no Procedimento Preparatório e no Inquérito Policial, abertos pelo MP de Rolândia, foram feitas três designações.

Eles converteram o Procedimento Preparatório em Inquérito Civil Público. Solicitaram ao então delegado de polícia explicações sobre a conclusão do Inquérito Policial e pediram informações para a Câmara de Vereadores sobre a conclusão de uma possível CP (Comissão Processante).

A Câmara de Vereadores respondeu que a CP foi reprovada pela maioria dos vereadores que entenderam se tratar de um possível crime comum e não politico-administrativo devendo, portanto ser investigado pelo MP.

Em resposta o então delegado Waldir Fernandes informou que já havia um Procedimento Investigatório Criminal oriundo do Setor de Combate aos Crimes Praticados por Prefeitos. E que este procedimento versava sobre os mesmos fatos do Inquérito Policial sendo desnecessária a instauração de um outro inquérito devendo este tramitar na Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Paraná.

Diante das informações o promotor Mauricio Kalache enviou sucessivos ofícios ao Procurador Geral de Justiça relatando sobre o estado das investigações. A última informação obtida é que o procedimento investigatório atualmente tramita no Tribunal de Justiça do Estado.

Saiba do caso da CPI da Fertifoliar

 Em 2010 o prefeito de Rolândia foi acusado por um munícipe de falsificação de certidão negativa de débito para fins tributários, com objetivo de possibilitar a transferência de um imóvel que seria destinado a garantia de financiamento junto à CAIXA Econômica Federal para a construção de casas populares do Minha Casa Minha Vida. O imóvel pertencia à empresa Fertifoliar localizada no Parque Ind. Floresta e supostamente tinha dívidas de impostos atrasadas com o município. A Fertifoliar teria vendido o imóvel para a construtora Bonora a partir de uma falsa Certidão Negativa de Débito.

Diante da denúncia, em 2011 a câmara de vereadores instaurou uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para averiguar o fato. Segundo o processo o prefeito Johnyy Lehmann teria autorizado a emissão desta certidão negativa para a empresa Fertifoliar mesmo sem ela ter pago em sua totalidade, cerca de 300 mil reais de impostos que devia ao município.

A CPI conluiu que havia indícios de irregularidade e dois relatórios foram feitos, um opinou pelo encaminhamento do caso ao Ministério Público de Rolândia, por entender que tratava-se de questões de crime comum e não politico-administrativo e outro pela abertura de CP (Comissão Processante) com possibilidade de cassar o prefeito.

O pedido de CP foi colocado em votação pelos vereadores e seguindo o regimento da casa, no dia da sessão de votação o então presidente da câmara José Danilson informou que os vereadores Marcio Vinícius, Luiz Cezar e Fábio Nogaroto não poderiam votar por terem eles oferecido a denúncia inicial que motivou a abertura da CPI.

Entraram em cena os então suplentes de vereador Cezar de Silvio, Milton Alves e Odyr Giordani Junior, todos futuros candidatos a vereadores que concorreram em 2012 pela coligação do prefeito investigado. Eles declararam seus votos contrários a abertura da CP.

Vale ressaltar que na referida sessão o então vereador Fábio Nogaroto questionou os suplentes sobre qual era o conhecimento deles em relação ao processo e sobre o que se estava sendo votado.  O atual vereador Odyr respondeu que havia tido contato com o relatório apenas naquele dia ao entrar no corredor da câmara.

A CP foi reprovada e o relatório então foi encaminhado para o MP de Rolândia que abriu Procedimento Preparatório e solicitou abertura de Inquérito Policial para a delegacia de polícia. 

Subsequente ambos os procedimentos foram designados aos promotores de Maringá e hoje tramita no TJ (Tribunal de Justiça do Estado do Paraná).

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