No Congresso do Trigo, em Foz do Iguaçu, governador Beto Richa defende maior apoio ao produtor

O governador Beto Richa participou nesta segunda-feira, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, do 21° Congresso Internacional do Trigo e destacou a importância do apoio ao setor, neste momento em que há excesso de oferta e, por consequência, queda nos preços pagos aos produtores. De acordo com ele, após sofrer com geadas, que acarretaram perdas, é preciso, neste ano, forte produção.

O governador ressaltou que o apoio do Governo Federal é essencial, ainda mais para o Paraná, que é o principal produtor do País.// SONORA BETO RICHA.// Realizado pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo, Abitrigo, o evento reúne produtores, indústrias do trigo, indústrias dos derivados, além de representação estrangeira de países como Argentina, Paraguai e Uruguai. A safra do Paraná foi a maior do país neste ano, somando 4 milhões de toneladas. A área cultivada aumentou em 35%, chegando a um milhão e 300 mil hectares. A safra nacional chegou a 7 milhões e 700 mil toneladas que, somada aos estoques do produto importado, resultou em excesso de oferta. No mês passado, o preço pago aos produtores foi de 30 reais a saca de 60 quilos, valor 39% menor que em setembro do ano passado e 10% menor que o preço mínimo fixado pelo Governo Federal.

A Secretaria da Agricultura do Paraná e as entidades do setor têm alertado para a necessidade de o Governo Federal intervir no mercado de trigo, liberando recursos para a comercialização por meio das aquisições do governo federal a fim de regular a oferta e dar sustentação aos preços. O presidente da Abitrigo, Sérgio Amaral, afirmou que o setor tem temas a debater com o governo nos diferentes segmentos da cadeia do trigo.// SONORA SERGIO AMARAL.//

Durante o evento Beto Richa afirmou que o governo estadual incentiva a triticultura de várias formas, citando a aplicação de 5 milhões e 700 mil reais na subvenção do prêmio de seguro rural do trigo, com um total de 4 mil e 350 apólices de triticultores. Isso reduz o custo da apólice do seguro rural. Mas, segundo o governador, a falta de uma política federal de garantia à produção e à comercialização ameaça desestimular o setor, que precisa de estabilidade. (Repórter: Amanda Laynes)