13.498 é o total de
árvores avaliadas na área urbana da cidade de Rolândia, e o novo plano define a
forma de manejo de cada uma delas
Após receber dezenas de denúncias, referente ao corte de
árvores na cidade nos últimos anos, o Ministério Público solicitou à secretaria
de Meio Ambiente em 2012 que elaborasse um plano de arborização para justificar
e organizar o manejo das árvores do município.
Em Julho de 2013 a prefeitura contratou o ITEDES (Instituto
de Tecnologias e Desenvolvimento Econômico e Social) para elaborar o PMAU (Plano
Municipal de Arborização Urbana) de Rolândia coordenado pelo professor da UEL Fernando
Fernandes. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Marcio Kolarovik foi pago
aproximadamente 30 mil reais para a elaboração do trabalho com recurso advindo
da própria secretaria.
Após cinco meses de trabalho na semana passada este plano
foi entregue ao Meio Ambiente e na última segunda feira o secretário explicou
para reportagem do jornal Manchete do Povo como foi elaborado o plano e de que
forma ele será executado.
Todas as árvores urbanas foram catalogadas e avaliadas através
de uma metodologia de pontuação para definir quais serão substituídas. Em cada
rua da cidade foi levantada as espécies existentes a de acordo com as
especificações contidas no projeto o pesquisador pontuou árvore por árvore.
Para se ter uma ideia, conforme mostra a figura 01, na rua Quirino
Lemos existem 12 árvores de sete espécies diferentes. Foram analisadas 11
recomendações técnicas e cada uma delas corresponde a um número de pontuação.
Ao final o avaliador as qualificou, e aquelas que atingiram o número limite de
pontos deverão ser substituídas por outra mais adequada.
Os quesitos técnicos são: Espécie inadequada ou proibida (40
pontos), Presença de pragas, doenças e parasitas que possam causar prejuízo a
planta (20 pontos), Apresenta conflito com a fiação (15 pontos), Possuem
sistema radicular agressivo (10 pontos), Apresenta conflito com esquina,
semáforo, placas (8 pontos), Árvore de grande porte para o espaço disponível (6
pontos), Apresenta conflito com poste e bocas de lobo (6 pontos), Árvore de pequeno
porte em espaço disponível para grande (4 pontos), Apresenta conflito com guia
rebaixada (4 pontos), Apresenta bifurcação abaixo de 1,80m (2 pontos),
Apresenta mureta ou área de infiltração insuficiente (2 pontos).
Vale ressaltar que os exemplares da espécie Falsa Murta são
proibidos, pois causam doenças nas plantações de laranja. Estas correspondem a 18%
das árvores do município e todas deverão ser substituídas.
Também foi feito um estudo para definir que tipo de árvore
será plantada em cada caso e local da cidade de acordo as espécies de pequeno, médio
e grande porte.
Outra técnica prevista no PMAU é a forma correta para
realizar a poda de manutenção. O secretário garante que as árvores sadias de
grande porte, as quais a copa já ultrapassou os fios de alta tensão não serão
abatidas, a exemplo das árvores da Rua Monteiro Lobato em frente ao colégio Bom
Jesus. O plano contempla um manual de poda de manutenção para treinamento dos
servidores ou empresas terceirizadas que realizarão o serviço.
Para iniciar a fase de substituição das árvores o secretário
explica que antes será feita a preparação do viveiro municipal com as mudas
adequadas. Estas mudas já estão sendo compradas e ficarão no viveiro até
atingirem o tamanho ideal para serem plantadas nos pontos pré-determinados da
cidade.
Por ordem de importância serão substituídas primeiro as
árvores consideradas impróprias, como as Falsas Murtas, as que estão secas ou
com problemas de pragas e depois as demais de acordo com a metodologia de
pontuação.
O PMAU deve ser aprovado pela câmara de vereadores, pois fará alterações na legislação do meio ambiente regido pela LEI 2514/96 que de acordo com Kolarovik está muito defasada e será regularizada de acordo com o plano. Uma cópia também foi entregue à promotora do meio ambiente Lucimara Salles Ferro.
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