O caso hoje está na 2ª promotoria e de acordo com a promotora Lucimara Salles Ferro o juiz pediu vista do processo. Isso significa que o MP deverá produzir novas provas para novamente encaminhar a ação para julgamento. Devido à demora nos trâmites processuais as madeiras podem se deteriorar e a promotora informou que irá solicitar novamente ao juiz que determine o armazenamento adequado.
A ação já foi apreciada pelo Juiz da Vara Cível, Marcos Rogério César Rocha que não atendeu o pedido da 1ª promotoria do Ministério Público. Para o MP além de valor cultural e histórico, as madeiras que estão armazenadas no pátio da Prefeitura tem valor real, pois em março de 2011, foram pagos pela fachada do Hotel Rolândia R$ 33.000,00.
Foi determinado pelo MP, a fim de gerar agilidade ao processo de reconstrução, que seja aplicada uma multa no valor de R$5.000,00 diários ao Prefeito Johnny Lehmann, pois para o Ministério Público sendo ele o responsável pelas ações do poder executivo, também cabe ao mesmo zelar pelo patrimônio público.
A obra do Centro Histórico da Cidade deveria estar sendo construída no espaço da antiga Estação Ferroviária, local onde também seria reconstruído o saguão do Hotel Rolândia, marco zero da cidade que foi demolido em 2010. Depois de inúmeras manifestações de alguns cidadãos a fachada do hotel foi comprada e abandonada no pátio da prefeitura.
Novas informações foram solicitadas sobre as madeiras que continuam no mesmo local, porém a prefeitura insiste em não se manifestar sobre o assunto.
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Sem transparência
Diversos pedidos foram feitos pela reportagem do jornal
MANCHETE DO POVO para fotografar as madeiras armazenadas, porém no último
pedido a prefeitura respondeu que "o Jurídico não quer divulgação de
fotos, que podem ser usadas de maneira errônea".
Diante da negativa em mostrar o que é público, em Fevereiro
desse ano, a reportagem acompanhou o vereador José de Paula Martins (PSD) até o
local onde está armazenada parte das madeiras e constatou que o local é
impróprio, pois está exposto ao tempo em um barracão aberto e com vários
buracos no teto.
Após fotografar as madeiras a reportagem foi até o centro de
história na Universidade Estadual de Londrina e falou com o doutor em história
Marco António Neves Soares.
Ele é coordenador do Centro de Documentação e
Pesquisa Histórica da UEL e há 11 anos pesquisa a história de Rolândia.
Soares salienta que o Hotel Rolândia não dizia respeito
apenas à história de Rolândia, mas à história da ocupação do Paraná como um
todo. Para ele o poder público foi inepto e não tomou nenhuma iniciativa para
garantir a preservação do marco zero de Rolândia. “A prefeitura cometeu um
crime contra o patrimônio histórico do norte do Paraná”, finaliza.
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