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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Rolândia registra a 1ª morte por DENGUE

Segundo o setor de Vigilância em Saúde, em seus 79 anos de história é a primeira vez que o município de Rolândia se depara com um caso de morte por Dengue

Fernando Bortotti de 58 anos conhecido como Fernandão, faleceu por Dengue no dia 13 de abril. A notícia abalou a cidade, pois ele era bem conhecido e querido pelos amigos. Diversos boatos surgiram inclusive com a publicação de informações erradas por alguns veículos de comunicação.

Para esclarecer e também em forma de desabafo Fernanda Bertotti, filha de Fernandão escreveu uma carta contando o que realmente aconteceu com o pai e demonstra sua indignação com a saúde pública.

Fernanda confirma que seu pai foi contaminado na cidade de Rolândia, e relata que ao ser levado ao hospital, suas fortes dores de cabeça e dores abdominais foram diagnosticadas como epigastralgia (problema gástrico). “O médico nem pensou em dengue, mesmo isso ter sido sugerido por nós”, aponta Fernanda.

Realizado por conta própria um exame confirmou a suspeita da família e Fernandão foi levado para Londrina. “Meu pai ficou internado em um hospital de Londrina do dia 09 ao dia 13 onde não resistiu. E devido ao agravamento da Dengue teve uma pneumonia que não teve tempo de ser tratada”, lamenta Fernanda.

Para a família houve falha médica e por isso Fernanda solicita aos profissionais da saúde que tenham mais atenção e respeito pela população. “Meu pai era um paciente que apresentava outras patologias crônicas como Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, por isso devia-se ter um olhar mais cauteloso ainda”.

Na carta Fernanda afirma não achar certo que profissionais de saúde de Rolândia mascarem a verdade inventando fatos que não tem fundamento. “Parem de inventar fatos ou outras coisas que possam “abafar” notícias sobre a dengue”, alerta.

Ela relata que ao saber da doença do pai, avisou a vigilância sanitária que esteve em sua casa apenas dois dias depois da notificação. “Se o mosquito infectado que contaminou meu pai tivesse que contaminar mais o restante de minha família e os vizinhos, isto certamente teria acontecido”.

Fernandão deixa a esposa, Sra Rosa Kolarivick, duas filhas, Fernanda Bertotti e a Michele Bortotti, dois genros e duas netas, Maria Eduarda e Antonella.

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