para o cargo. O parlamentar poderá ter que
devolver dinheiro recebido e até ter seu mandato cassado. O prefeito de Rolândia também pode responder por improbidade administrativa
devolver dinheiro recebido e até ter seu mandato cassado. O prefeito de Rolândia também pode responder por improbidade administrativa
Segundo denúncia feita ao MP (Ministério Público) o vereador
Odyr Giordani Junior (Pros) trabalha no CRIAR (Centro de Referência à Infância
e Adolescência de Rolândia), porém recebia gratificação mensal a mais de
R$582,55 referente à sua suposta atuação como diretor da Secretaria de
Assistência Social. Função essa que segundo testemunhas, citadas na denúncia,
ele não exercia, além de picar o cartão ponto e voltar para a câmara de
vereadores.
O prefeito está enquadrado na possível irregularidade, pois
através do decreto Nº 4233/06, assinado por ele dia 18 de dezembro de 2013
atribuiu ao vereador a citada gratificação mensal.
Após a denúncia protocolada dia 22 de junho no MP pela
cidadã Cristina Pieretti de Souza e divulgação do fato nas mídias sociais o
prefeito publicou uma portaria no dia dois deste mês suprimindo a tal
gratificação do vereador.
Para a denunciante Cristina a população não pode mais
continuar aceitando um pais onde as leis não são cumpridas. “Basta de desmandos
e acordos ilegais”, aponta.
A Câmara de vereadores através do ofício 231/2014 reconheceu
que o vereador não tem atribuições para receber tal gratificação por ele não ter
formação de assistente social. Quanto à ilegalidade a casa explica que cabe a
prefeitura investigar. Procurado, o vereador afirmou não ter conhecimento desta
portaria e garantiu se pronunciar depois de se inteirar melhor sobre a denúncia.
A promotora de justiça Dra. Josilaine Aletéia de Andrade
explica que a denúncia foi recebida pelo MP que instaurou um procedimento para
averiguar as possíveis irregularidades e no último dia 07 o Ministério Público
oficiou a prefeitura que tem 10 dias para prestar informações. A promotora
relata que se confirmadas as irregularidades o prefeito poderá inclusive
responder por improbidade administrativa e suas sanções.
Em nota a Procuradoria Jurídica do Município de Rolândia
esclarece que todos os atos administrativos sobre a concessão de gratificação
de função ao servidor público municipal Odyr Giordani, respeitaram estritamente
o princípio da legalidade. Segundo a nota maiores informações sobre o caso
serão prestadas ao Ministério Público do Paraná, conforme solicitado.
Polaco talvez tenha
que devolver o dinheiro e corre o risco de ser cassado
A qualificação FC 01, segundo o anexo III da LEI
COMPLEMENTAR Nº 59/2011 que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos
do Município de Rolândia, o valor que um servidor recebe de gratificação pelo
cargo de diretor é de R$582,55. Segundo o decreto assinado pelo prefeito, Odyr
recebe esta quantia desde o mês de dezembro de 2013, portanto há sete meses, o
que somado daria a quantia de R$4.077,85.
Além de talvez ter que devolver este valor Polaco ainda pode
responder outras sanções como, perda da função pública, suspensão dos direitos
políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o
valor do acréscimo patrimonial entre outras conforme trata a Lei Federal n° 8.429 de 02 de
junho 1992. Consta no Art. 12. Paragrafo único; “Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a
extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo
agente”.
Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, a palavra
“improbidade vem do [Do lat. improbitate.]. Substantivo feminino. 1. Falta
de probidade; mau caráter; desonestidade. 2.Maldade, perversidade”. (FERREIRA,
2009).
OPINIÃO
Se está dentro da
legalidade por que a prefeitura suprimiu a gratificação?
Não se pode conceder gratificação e contratar vereadores a
cargos de confiança justamente para não comprometer a independência do
legislativo que tem entre sua principal função fiscalizar o executivo.
Como pode o vereador fiscalizar se está devendo favor ao
prefeito? Por motivos óbvios essa prática deve ser proibida. Fica cada vez mais
clara a ligação do vereador Odyr Polaco com o Prefeito municipal.
Ligação que
começou lá atrás em 2011, quando o então pré-candidato a vereador, e ainda
membro do PSDB, oposição ao prefeito votou a favor do mesmo, no caso da CPI da
Fertifoliar evitando que o prefeito fosse investigado em uma Comissão
Processante.
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